Home agua de chuva Nem tudo são flores! – Parte 1
 
Este é o Oliver, meu animal de estimação, promovido a ser o filho mais velho. Ele também participa do cultivo de orquídeas, mas há outros animais que participam mais e nós não desejamos que estraguem o nosso cultivo, não é mesmo?
 
Muitos dominam este assunto porque tem formação acadêmica ou vivência na orquidofilia. Nós não temos a formação básica neste assunto – Pragas e Doenças.
 
Somos apaixonados pelas orquídeas, nos desejamos as flores e cultivamos o prazer em acompanhar o crescimento vegetativo da planta. Não temos o conhecimento mínimo sobre o assunto que ataca as nossas pequenas.
 
A idéia deste texto é amadurecer no leitor iniciante da orquidofilia o senso de pesquisa e aprofundamento neste assunto através das práticas de prevenção e cuidados que este assunto exige.
 
Demorei a entender sobre o assunto e não domino, sempre pesquiso a partir das ocorrências por aqui.
 
Este Myochanthus deve ter sido colhido no mato. Sempre apresenta pulgões e manchas, faz parte dele! Há alguma deficiência até nutricional, a última tentativa foi deixá-la exposta ao sol da manhã e sem tantos cuidados dentro do orquidário, mas num local mais exposto e livre.
 
 
Listei alguns sintomas das pragas e doenças que até hoje enfrentei no cultivo delas:
 
1-  Fungo
 
Imaginem um verão com muita chuva, sem parar! A Sophronitis cernua foi atacada por fungo, pois estava ao céu aberto, sem proteção contra tanta água. O substrato e o cachepot estavam em condições de pleno cultivo com rega controlada. Suponho que morreu por fungo vindo do telhado com tanta água de chuva.
 
 
Depois desta experiência, cobri com plástico agrícola o meu orquidário e faço que nenhuma água de chuva fique retida nos vasos, incluindo as prateleiras. Tenho tela metálica sobre as prateleiras e o menor contato possível do fundo do vaso com as madeiras. Entretanto terei que aumentar a ventilação dele!
 
2-  Vírus
 
 
Comprei esta Laelia num orquidário. Veio florida! Linda! No outro ano ficou estranha, faltava algo, não sabia o quê! Olhava e não entendia o que estava vendo! Quem vendeu me disse que estava virótica, trocou a planta sem eu pedir. Me disse que o vírus e capaz de alterar a composição nas cores das pétalas.
 
 
 
Leiga, troquei a planta! Nunca ouvi falar nisto, você já ouviu?
Daí a importância da qualidade e confiança no fornecedor de suas plantas.
 
 
3-  Podridão negra
 
 
Sempre ouvi este assunto como sendo a desgraça nas orquídeas. Nunca havia tido este enfrentamento com nenhuma planta – três ataques fulminantes em plantas diferentes.
 
 
Comprei esta planta numa exposição, florida. Depois de um mês a replantei e no outro mês percebi que havia algo estranho nela. Isolei, observei mais um pouco antes de comprometer o rizoma da planta e o penúltimo pseudobulbo, cortei a frente dela.
 
 
 
Diagnóstico – podridão negra. Aparece o apodrecimento na base do pseudobulbo, a folha fica verde sem nada acontecer.
 
Não sei o que pode ter acontecido, mas agradeci por ter sempre usado tesoura esterilizada no fogo. As outras plantas não foram contaminadas pelo uso da tesoura.
 
Continuo observando a planta, parece que ela esta se recuperando, ainda sem ter manifestado visualmente por completo. Continua isolada das outras.
 
O que me incomoda mais- não utilizo produtos químicos, então prefiro sacrificar a planta ou levar para ser cuidada num orquidário comercial. Ainda não sei dizer se veio com a podridão…
 
Esta outra orquídea estava indo bem lentamente, do nada ficou assim no verão. Tudo foi jogado fora, não havia nada a salvar. Jogue tudo, inclusive o substrato.
 
 
Laelia purpurata que perdi rapidamente por não ter observado o sintoma no verão do ano passado. Jogue tudo, inclusive o substrato.
 
 
Observei – 3 fornecedores diferentes, substratos diferentes, tempo de cultivo diferente, local diferente no orquidário, todas atacadas no verão.
 
4-  Tenthecoris
 
 
Formei uma coleção de Restrepias. No primeiro ano delas em casa, uma foi atacada por tenthecoris. Teoria! Rs. Não encontrei o inseto, nenhuma outra planta do orquidário apresentou indícios dele. Tenho certeza que a planta foi atacada aqui e não no local do fornecedor.
 
 
Não sabia que ele ataca Restrepia, agora sei! Eu sei que ele adora Epidendrum! Na época usei o inseticida tipo SBP, não deu o fim no bicho, ele se esconde e foi super rápido.
 
Observe que atacou a parte superior das folhas. A face inferior esta intacta.
 
 
 
Acompanhe este assunto nas duas próximas postagens semanais. Abordarei algumas práticas na prevenção e combate às pragas e doenças. Relacionarei algumas medidas no meu orquidário, talvez sirva para o seu orquidário que está em formação!
 
Torço para que tenha sucesso no cultivo!

 

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