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Replantio de Cattleyas e risco de infestação da vespinha

por Diário do Orquidófilo
Oi,
Você já deve ter dado uma busca nos grupos, internet ou vídeos sobre replantio de Cattleyas. Hoje há vários canais de informações de consulta, mas não era assim até alguns anos atrás.
O aprendizado de cultivo sempre foi demorado. Um orquidófilo experiente decidia passar a sua experiência para outro ou grupo. Defendo que você deva participar de uma sociedade ou associação é exatamente para ampliar e acelerar o seu conhecimento da orquidofilia.
No ano passado decidi investir pesado nos livros para consulta permanente. Alguns em nada acrescentaram e outros excelentes com conteúdos em vários aspectos. Mantive os que são excelentes para consulta de cultivo ou habitats. O restante me desfiz.
Nada substitui a prática. A teoria é interessante, mas a prática é prática.
Exemplo: picotei uma Cattleya forbesii, ficou fraca e está se recuperando. O que eu devia ter feito? Aumentado a adubação para que ela não ficasse enfraquecida. Por que a picotei? – Para fazer novas frentes a partir das gemas que poderiam se desenvolver. Isto não ocorreu. Vou replantá-la num vaso maior e ver se o experimento dará resultado após o segundo ciclo.

Detalhe para exposições a planta deve se única sem cortes ou várias no mesmo vaso.

Cattleya forbesii
Vamos ao gerenciamento de risco. Comprei um lote de Cattleyas com vários indícios visuais de infestação da vespinha Eurytoma orchidearum.
Frentes comprometidas
Folhas com perfurações
Manchas, perfurações e peseudobulbos fracos
Folhas com manchas que a perfuravam. Apliquei canela em pó assim que chegaram no Brasiliana. Não resolve a infestação dos ovos da vespinha, mas evita apodrecimento e acelera a cicatrização da folha.
Raízes com a larva da vespinha. Preventivamente pus o granulo azul para as lesmas caso houvessem até o replantio completo.
Plantas excelentes infestadas com larva de vespinha. Todas foram limpadas, raízes e pseudobulbos que apresentaram indícios foram cortados, todos os tipos de substratos descartados, brácteas eliminadas.
Imagine se estes insetos se instalam no Brasiliana! Teria que usar um produto químico em todas. Teria que isolar os gatos. Causaria um tumulto no tipo de cultivo que escolhi com a utilização dos grânulos de micorrizas.
Dica: observo constantemente e tenho aplicado SBP e um produto a base de neem de forma alternada uma vez por semana na coleção toda. Isto não basta. Um colega experiente indicou a utilização de um inseticida sistêmico para atuar na raiz onde ainda não há danos visuais. Deverá ser aplicado a cada 15 dias por duas ou três vezes consecutivamente.
As Cattleyas que chegaram foram replantadas, estão em observação. Recebendo cálcio e vitamina b pelo menos duas vezes por semana.
Gerencie o risco de infestação para não comprometer o seu exemplar ou a sua coleção. Assim que puder, jogue fora o lixo produzido pelo replantio. Não deixe a lixeira aberta contaminando o recinto principalmente quando se trata da vespinha. Adulta chega a 4mm de comprimento e será difícil controlar a movimentação de um vaso para outro.

Detalhe: Todos os exemplares que possuíam a espata da floração foram cortadas para poupar energia da planta, procurando direcioná-lá para o enraizamento.

Nessa altura deve estar se perguntando se a aquisição foi uma escolha inteligente ou se valeu a pena. Digo que sim, pois são exemplares que foram escolhidos e bem cuidados até o falecimento do colega orquidófilo e a procedência delas valerá a pena.

Dica: planejei adquirir e comprar este lote nesta época para replantio. Outono e inverno não são desejáveis para o replantio. As plantas se ressentem muito e demoram para se recuperar.

Outra dica importante: o furo quer dizer que a vespa saiu da orquídea. Os ovos estarão dentro da raiz, do pseudobulbos, etc e aparentemente não estarão visíveis na parte externa da planta.

Bom cultivo!
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